Senadores apontam agenda econômica como prioridade para o primeiro semestre

05 fev 2025
A pauta econômica vem sendo apontada como prioridade pelos senadores na retomada dos trabalhos legislativos. Entre os principais desafios, está a aprovação do Orçamento de 2025, que não foi votado no ano passado em função do impasse sobre as emendas parlamentares. Sem o Orçamento aprovado, o Poder Executivo pode pagar apenas despesas essenciais ou obrigatórias. Outro ponto considerado urgente pelo Governo é a atualização da tabela do Imposto de Renda, que deve ampliar a isenção para quem ganha até 5 mil reais. Para o senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, essas propostas terão mais atenção do Palácio do Planalto. Cruciais para o interesse do país. Uma delas é a votação o mais rapidamente possível do Orçamento para o ano de 2025, esperamos que isso aconteça ainda no mês de fevereiro, começo do mês de março. A isenção tributária para quem ganha até 5 mil reais, isso é uma expectativa muito grande para a classe média, em particular, e o Congresso Nacional tem compromisso com essa matéria. Mas o senador Izalci Lucas, do PL do Distrito Federal, acredita que ampliar a isenção do Imposto de Renda pode acabar prejudicando a receita dos municípios. Isso porque, segundo ele, a maioria dos servidores municipais entrariam na faixa de isenção e as cidades deixariam de arrecadar valores expressivos. Izalci também prevê dificuldades para o governo na aprovação da segunda parte da reforma tributária, a chamada reforma da renda. Na medida que ele isenta ele está tirando receita de estados e municípios.Então, é uma discussão que vai ser feita, nós aprovamos apenas o IVA, o imposto de consumo. Agora estamos esperando, eles devem encaminhar para cá do Imposto de Renda. Que vai ter muita dificuldade. Porque nós já pegamos o maior IVA do mundo. Aí você tem o Imposto de Renda mais patrimônio? A gente tem que ter limite, né? Os senadores também citaram a discussão sobre a redução da jornada de trabalho como prioridade. Tramitam no Senado pelo menos três propostas que alteram as 44 horas semanais de trabalho sem perda salarial. Da Rádio Senado, Marcella Cunha